MARIA DE LOURDES VEIGA (Malú) — (cantora)
Aos domingos, na praça do Grajaú, realizava-se uma espécie de programa de calouros com o pessoal do bairro. Malú, aos nove anos, pressionada pelas amigas, sobe no tablado e canta "A Perereca da Vizinha", sob risos e apupos dos presentes.
Após esta irônica brincadeira, jamais poderia imaginar que um dia viria a ser cantora, embora reconheça que está no início de uma difícil carreira. E tudo começou quando era empregada doméstica na casa da família de Denise Stheling: "Ia ter um festivalzinho de música no Colégio João XXIII e Maria Luzia, filha da patroa, queria concorrer. Eu nunca tinha feito nada, e acabei fazendo "A Procura da Aurora", letra e música. Problema: nem eu nem ela éramos alunas e tivemos que botar a música em nome de uma menina lá da Rua João Pinheiro. Resultado: a música classificou-se em 4o lugar e nossa "testa de ferro” não queria me dar o troféu. Foi um custo pra conseguir o dito..." Depois, participou do 1o Festival da Escola Normal, com “Seresteiro de Todas Elas", classificando-se ("o prêmio foi de cem pratas”) para representar a Escola Normal no Festival Intercolegial, logrando a quarta colocação.
Nascida na década de 50, Malú passou a freqüentar bares onde podia ouvir pessoas, transar músicas ("o Aquarius era o meu ponto preferido”). Reconhece dois grandes incentivadores: o compositor Walter "Kennedy” de Paula e o violonista Geraldo Bom Cabelo ("que me levou pela primeira vez para cantar, profissionalmente, na Associação do Banco Crédito Real, e lá fiquei por mais de um ano"). Atuou na Cabana dos Bandeirantes, nas chamadas noites de seresta ("e olhe que eu não tenho nada de seresteira..."), também por muito tempo.
Passando férias no Rio, lá pelos idos de 72, resolve inscrever-se no programa de calouros de Sílvio Santos (“foi uma loucura; deu um estalo, e quando me toquei já tinha passado pela triagem inicial e estava de passagem comprada para São Paulo”) e teve boa repercussão, embora ache que, como todos os outros concursos, de um modo geral, "as cartas já estão marcadas de véspera". Cantou a música "Naquela Mesa", de Sérgio Bittencourt, e achou muito engraçado ter trocado a letra ("errei adoidado, inventei até, e nem o "monstro sagrado" José Fernandes sacou o lance...").
Em Além Paraíba participou de dois Festivais, mas julga importante aquele que concorreu com uma música de parceria com Cristina Brandão, "Cidade, Cidade". Ganhou o Festival de Ubá (1974) interpretando "Curtindo a Fossa", de Waltinho Kennedy. Sobre este resultado relembra Mamão, que na oportunidade foi do júri: “Albino Pinheiro, aquele da Banda de Ipanema, um cara com mais de dois metros de altura, era o presidente do júri. Após as apresentações, quando íamos somar as notas, ele disse: “Ganhou a crioula, e os demais vocês escolhem...” E não é que quando somamos os votos o resultado coincidia..." "Renascer", do mesmo compositor, classifica-se em 1975 no referido Festival de Uba.
Nascida na década de 50, Malú passou a freqüentar bares onde podia ouvir pessoas, transar músicas ("o Aquarius era o meu ponto preferido”). Reconhece dois grandes incentivadores: o compositor Walter "Kennedy” de Paula e o violonista Geraldo Bom Cabelo ("que me levou pela primeira vez para cantar, profissionalmente, na Associação do Banco Crédito Real, e lá fiquei por mais de um ano"). Atuou na Cabana dos Bandeirantes, nas chamadas noites de seresta ("e olhe que eu não tenho nada de seresteira..."), também por muito tempo.
Passando férias no Rio, lá pelos idos de 72, resolve inscrever-se no programa de calouros de Sílvio Santos (“foi uma loucura; deu um estalo, e quando me toquei já tinha passado pela triagem inicial e estava de passagem comprada para São Paulo”) e teve boa repercussão, embora ache que, como todos os outros concursos, de um modo geral, "as cartas já estão marcadas de véspera". Cantou a música "Naquela Mesa", de Sérgio Bittencourt, e achou muito engraçado ter trocado a letra ("errei adoidado, inventei até, e nem o "monstro sagrado" José Fernandes sacou o lance...").
Em Além Paraíba participou de dois Festivais, mas julga importante aquele que concorreu com uma música de parceria com Cristina Brandão, "Cidade, Cidade". Ganhou o Festival de Ubá (1974) interpretando "Curtindo a Fossa", de Waltinho Kennedy. Sobre este resultado relembra Mamão, que na oportunidade foi do júri: “Albino Pinheiro, aquele da Banda de Ipanema, um cara com mais de dois metros de altura, era o presidente do júri. Após as apresentações, quando íamos somar as notas, ele disse: “Ganhou a crioula, e os demais vocês escolhem...” E não é que quando somamos os votos o resultado coincidia..." "Renascer", do mesmo compositor, classifica-se em 1975 no referido Festival de Uba.
Cantou no Programa Mauro Montalvão (TV Tupi), representando Três Rios no "Festival Fluminense de Vozes”. Não se julga compositora ("fiz musiquinhas de brincadeiras”) e acha que não tem influência de ninguém como cantora ("nem som eu tenho em casa..."). Maria Creuza e Elis Regina são as cantoras que mais gosta. Das músicas de JF destaca "Coisa Secular”, de Elcio Costa (20 lugar no Festival de 1969) como a que mais lhe agrada. Malú é profissional ("bem ou mal eu vivo de música") e no momento faz os fins de semana em Teresópolis, numa churrascaria, acompanhada pelo Trio de Goianá (Texto do Livro "História Recente da Música Popular Em Juiz de Fora" de Carlos Décio Mostaro, João Medeiros Filho e Roberto Faria de Medeiros de 1977).
Depois disso gravou um compacto simples com 2 canções e excursionou pela Europa.
Depois disso gravou um compacto simples com 2 canções e excursionou pela Europa.